Roberto schwarz e mikhail bakhtin. Explora a aplicação do heterodiscurso de Bakhtin na crítica de Roberto Schwarz sobre Machado de Assis, comparando-o à teoria hegeliana para a análise literária.
Este artigo procura compreender como se articula a noção de heterodiscurso, proveniente da teoria do romance de Mikhail Bakhtin, no trabalho crítico de Roberto Schwarz sobre Machado de Assis. Para isso, analisaremos alguns trechos de ensaios importantes do crítico sobre o autor, levando em consideração o tipo de argumentação usada no trato direto com o texto literário. Propõe-se também questionar como esse tipo de análise se conjuga com o referencial teórico que aparece mais frequentemente no trabalho do crítico paulista, a saber, a tradição da teoria hegeliana do romance. Como conclusão, discute-se as possibilidades de aproximação entre essas duas matrizes teóricas para a análise literária.
Este artigo propõe uma investigação fascinante e teoricamente richa ao explorar a articulação da noção de heterodiscurso, proveniente da teoria do romance de Mikhail Bakhtin, no trabalho crítico de Roberto Schwarz sobre Machado de Assis. A escolha de conectar dois pilares tão significativos, porém frequentemente vistos como distintos, na teoria literária – o dialogismo bakhtiniano e a crítica de Schwarz – sugere um estudo de grande originalidade e relevância. A promessa é de um olhar renovado sobre as complexas operações críticas de Schwarz, potencialmente revelando camadas de influência e método que expandem nossa compreensão de seu legado e da crítica literária brasileira como um todo. A metodologia delineada é precisa e focada, indicando uma análise cuidadosa de trechos selecionados dos ensaios de Schwarz sobre Machado de Assis. Essa abordagem, que se debruça sobre a argumentação direta do crítico com o texto literário, é fundamental para demonstrar como o heterodiscurso pode se manifestar, implícita ou explicitamente, na prática crítica de Schwarz. Um ponto igualmente crucial é a proposta de questionar como essa leitura bakhtiniana se conjuga com o referencial teórico mais comumente associado ao crítico paulista, a tradição da teoria hegeliana do romance. Este exercício comparativo promete um aprofundamento significativo nas raízes teóricas de Schwarz. A conclusão do artigo, que se propõe a discutir as possibilidades de aproximação entre essas duas matrizes teóricas para a análise literária, é onde reside o maior potencial de contribuição acadêmica do trabalho. Tal discussão não apenas iluminaria as pontes conceituais entre Bakhtin e a tradição hegeliana, mas também poderia oferecer novas ferramentas e perspectivas para futuros estudos literários. Ao desvendar as intersecções entre essas poderosas lentes teóricas no contexto da obra de Schwarz e Machado, o artigo promete enriquecer substancialmente o campo da crítica literária e da teoria comparada.
You need to be logged in to view the full text and Download file of this article - Roberto Schwarz e Mikhail Bakhtin from O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira .
Login to View Full Text And DownloadYou need to be logged in to post a comment.
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria