Rhaissa Andrêssa Ramos de Sousa , Denise de Souza Fleith

Relação entre superdotação e sobre-excitabilidades

Introduction

Relação entre superdotação e sobre-excitabilidades. Explore a relação entre superdotação e sobre-excitabilidades, seu perfil psicológico, diferenças de gênero e correlações com ansiedade e perfeccionismo. Guia para apoio a superdotados.

Abstract

O objetivo deste estudo foi examinar, por meio de revisão sistemática de literatura, a produção científica de artigos empíricos acerca da relação entre superdotação e sobre-excitabilidades. A busca foi realizada nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico, PePSIC e Portal de Periódicos Capes, considerando as publicações no período de 2009 a 2019. Utilizaram-se como descritores os termos superdotação, superdotado, sobre-excitabilidade, Teoria da Desintegração Positiva, Dabrowski e desenvolvimento emocional, bem como seus correspondentes em língua inglesa. Foram selecionados 21 artigos, a partir dos critérios de inclusão preestabelecidos. Os resultados revelaram que superdotados apresentam desempenho superior nas medidas de sobre-excitabilidades, quando comparados a não superdotados; mulheres obtiveram escores superiores na sobre-excitabilidade emocional, enquanto homens alcançaram escores mais elevados na sobre-excitabilidade intelectual. Correlações entre sobre-excitabilidades e variáveis psicossociais, tais como ansiedade, perfeccionismo e autoconceito, foram também identificadas. Conhecer o perfil do superdotado em relação às sobre-excitabilidades é o primeiro passo na instrumentalização de psicólogos escolares, professores, gestores e familiares na adoção de estratégias e práticas que atendam às necessidades desses estudantes.

Review

This systematic literature review, "Relação entre superdotação e sobre-excitabilidades," addresses a critical area in gifted education and psychology: the intricate connection between high abilities and Dabrowski's theory of positive disintegration, specifically overexcitabilities. The study's objective to synthesize empirical evidence on this relationship is highly commendable, as it moves beyond purely cognitive definitions of giftedness to explore the emotional and experiential landscape of these individuals. This topic holds significant relevance for a holistic understanding of giftedness, providing a foundation for tailored support and interventions. The methodology employed appears robust, with a clear systematic review approach across multiple reputable databases (SciELO, Google Acadêmico, PePSIC, Portal de Periódicos Capes) over a defined decade (2009-2019). The inclusion of both Portuguese and English descriptors strengthens the comprehensiveness of the search strategy. The key findings are particularly insightful: gifted individuals exhibit higher overexcitabilities compared to their non-gifted peers, with intriguing gender differences — women scoring higher on emotional overexcitability and men on intellectual. Furthermore, the identified correlations between overexcitabilities and psychosocial variables like anxiety, perfectionism, and self-concept are crucial for painting a more complete picture of the gifted experience. The practical implications of this review are significant. By consolidating empirical data on this often-misunderstood aspect of giftedness, the study provides an invaluable resource for professionals and families. As explicitly stated, knowing the gifted profile in relation to overexcitabilities is the essential "first step" for school psychologists, teachers, administrators, and family members to adopt effective strategies and practices. While the review's focus on a specific time period (2009-2019) and empirical articles offers a well-defined scope, future research could build upon this foundation by exploring longitudinal studies or the development of specific intervention programs tailored to these identified overexcitabilities and their psychosocial correlations. This paper makes a vital contribution by illuminating a complex but critical facet of giftedness, offering a strong basis for informed action and further research.

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