Pai contra mãe, ou a racialidade como prototeoria de sujeito em “pai contra mãe”, de machado de assis. Análise da racialidade e branquitude em "Pai Contra Mãe" de Machado de Assis. O artigo explora a conexão entre a escravidão no século XIX e a sociabilidade brasileira.
Este artigo investiga a ambiguidade na representação da branquitude da personagem Candinho no conto “Pai Contra Mãe” de Machado de Assis, explorando conexões com a força da escravidão na segunda metade do século XIX, marcada pelo temor que assolava homens e mulheres despossuídos de serem submetidos ao regime servil. A análise centra-se no modo como o narrador articula diferentes gramáticas narrativas para tratar do sofrimento de Candinho e de Arminda, trabalhando literariamente um limite racial de sociabilidade próprio da vida social brasileira no qual se separaria pobreza e miséria, sujeito e objeto no período diegético, e que continuaria a viger quando da publicação do conto.
Este artigo propõe uma releitura instigante e necessária do conto "Pai contra mãe" de Machado de Assis, focando na ambiguidade da branquitude do personagem Candinho, um aspecto muitas vezes subestimado. A conexão estabelecida entre essa ambiguidade e a "racialidade como prototeoria de sujeito" é particularmente promissora, sinalizando uma abordagem teórica robusta. O trabalho promete lançar nova luz sobre a persistente influência da escravidão na segunda metade do século XIX, utilizando um texto canônico para explorar a complexa interação entre identidade racial, status social e o terror generalizado do regime servil. Essa perspectiva inovadora sobre uma obra familiar é altamente louvável e sugere uma contribuição significativa aos estudos machadianos e às discussões mais amplas sobre raça e classe na literatura brasileira. O cerne da análise, conforme delineado, reside em como a narrativa de Machado articula o sofrimento de Candinho e Arminda, estabelecendo um "limite racial de sociabilidade" que distingue pobreza de miséria e sujeito de objeto dentro do período diegético. O resumo destaca a investigação de como diferentes "gramáticas narrativas" são empregadas para construir essa fronteira racial, uma fronteira que, aparentemente, continuou a exercer influência para além do cenário da história, estendendo-se até o momento de sua publicação. Ao conectar a branquitude ambígua de Candinho ao terror histórico da escravidão, o artigo visa revelar uma lógica racial fundamental embutida na sociedade brasileira, usando o texto como lente crítica. Embora o resumo articule claramente o escopo analítico, o leitor esperaria uma elucidação mais explícita de como a "racialidade como prototeoria de sujeito" é desenvolvida e operacionalizada ao longo do artigo. A clarificação do quadro teórico, particularmente este conceito central do título, poderia fortalecer ainda mais o impacto do resumo e delinear com precisão a originalidade da abordagem. Além disso, uma breve indicação da natureza das "diferentes gramáticas narrativas" e de como elas precisamente estabelecem o limite racial ofereceria aos leitores uma compreensão mais clara das especificidades metodológicas. Não obstante, o artigo apresenta um argumento convincente e criticamente relevante, com grande potencial para avançar nossa compreensão da raça, poder e narrativa na obra de Machado de Assis.
You need to be logged in to view the full text and Download file of this article - Pai contra mãe, ou a racialidade como prototeoria de sujeito em “Pai contra mãe”, de Machado de Assis from O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira .
Login to View Full Text And DownloadYou need to be logged in to post a comment.
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria