Semiótica depois do Geontopoder
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Elizabeth A. Povinelli, Gleiton Matheus Bonfante, Ana Luiza Krüger Dias

Semiótica depois do Geontopoder

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Introduction

Semiótica depois do geontopoder. Semiótica pós-Geontopoder: Desafia visões humanistas de mente e comunicação. Explora a semiótica pré-humana (animais, plantas, não-vida), direitos da natureza e saberes indígenas.

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Abstract

Este ensaio é parte de um projeto de livro provisoriamente intitulado Precisamos de uma semiótica depois do Geontopoder? O ensaio começa com uma visão geral das condições atmosféricas de um antigo debate sobre como libertar as teorias da mente, da comunicação e da linguagem de seu enclausuramento humanista. Para tanto, destaco alguns debates científicos e públicos sobre o que constitui evidência de formas de mente e comunicação pré-humanas, de animais não humanos e de plantas. O objetivo dessa breve incursão em debates complicados é evocar as intuições que circulam em torno de argumentos sobre os riscos políticos e éticos de descrever um tipo de existência com essa ou aquela característica de linguagem e mente. O ensaio, então, coloca pressão sobre a forma como essas intuições de sentido sobre comunicação e mente funcionam de maneira escalar – como uma concepção que aposta na mente para tratar a questão da existência se torna uma busca por modelar uma teoria geral da mente pós-humanista. Isso me leva aos pontos em comum entre uma determinada maneira de produzir a mente pós-humanista e as estratégias de proteção ambiental dentro do movimento pelos direitos da natureza. Por que essas abordagens parecem ser, para alguns, a melhor maneira de verificar se as formas pré-humanas, de animais não humanos e de plantas, assim como a não-vida, possuem capacidades semióticas, enquanto apoiam os povos originários e o parentesco indígena com a terra? O ensaio termina resumindo o conteúdo mais amplo e as apostas de Precisamos de uma semiótica depois do geontopoder?


Review

Este ensaio, intitulado "Semiótica depois do Geontopoder", apresenta uma instigante exploração da necessidade de repensar a semiótica no contexto das discussões contemporâneas sobre geontopoder. Originado de um projeto de livro maior, o artigo inicia com uma revisão fundamental dos esforços passados para desvencilhar as teorias da mente, comunicação e linguagem de seu confinamento humanista. O autor habilmente situa o debate ao examinar a evidência de formas de mente e comunicação pré-humanas, presentes em animais não humanos e plantas, levantando questões cruciais sobre os riscos políticos e éticos inerentes à categorização da existência baseada em características linguísticas e mentais. Essa abordagem inicial estabelece um terreno fértil para uma crítica mais aprofundada das intuições dominantes. O cerne do argumento do ensaio reside na análise de como essas intuições sobre comunicação e mente operam em uma escala ascendente, transformando a concepção da mente como chave para a existência em uma busca por uma teoria geral da mente pós-humanista. O autor estabelece uma conexão perspicaz entre essa produção da mente pós-humanista e as estratégias de proteção ambiental empregadas pelo movimento dos direitos da natureza. Uma questão central e provocadora emerge: por que essas abordagens são frequentemente consideradas as mais eficazes para validar as capacidades semióticas de formas pré-humanas, animais não humanos e da não-vida, ao mesmo tempo em que afirmam o apoio aos povos originários e ao parentesco indígena com a terra? Essa indagação destaca uma tensão ou complementaridade fundamental que o ensaio se propõe a desvendar. Em sua conclusão, o ensaio encapsula o escopo mais amplo e as apostas significativas do projeto de livro intitulado "Precisamos de uma semiótica depois do Geontopoder?". O artigo promete ser uma contribuição valiosa para os campos da semiótica, estudos pós-humanistas, filosofia ambiental e estudos indígenas, oferecendo uma moldura crítica para reavaliar a agência e o significado em um mundo não exclusivamente humano. A sua capacidade de articular as complexas intersecções entre o pensamento semioticista, a ética ambiental e as epistemologias indígenas sugere que este ensaio não apenas revisita debates antigos, mas também abre novos caminhos para a compreensão da existência em um cenário de geontopoder.


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