Ivan Barreto, Magda Dimenstein, Jáder Leite

O uso prejudicial de bebidas alcoólicas por povos indígenas no Brasil

Introduction

O uso prejudicial de bebidas alcoólicas por povos indígenas no brasil. Pesquisa sobre o uso prejudicial de álcool por povos indígenas no Brasil (2010-2019). Aborda impactos socioculturais, conflitos e falhas na assistência à saúde. Compreenda o problema.

Abstract

O uso prejudicial de bebidas alcoólicas por povos indígenas é um grave problema de saúde e necessita ser compreendido levando-se em conta os valores socioculturais e processos históricos de cada povo e cada comunidade. Apesar disso, pesquisas sobre o tema no Brasil ainda são relativamente incipientes e limitam o desenvolvimento de ações para mitigar os problemas relacionados. Este trabalho foi elaborado a partir de uma revisão de teses e dissertações defendidas no Brasil entre os anos 2010 e 2019, considerando todas as áreas do conhecimento e acessadas no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e no da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Foram encontradas 15 produções, sendo cinco teses e dez dissertações, que indicaram a existência de uma grande diversidade nos modos de beber e na regulação desses consumos. O uso prejudicial de bebidas alcoólicas apareceu mais frequentemente associado à desestruturação sociocultural, conflitos sociais e agravos em saúde. Além disso, os serviços de atenção não têm conseguido prestar uma assistência mínima satisfatória, seja pela alta demanda, quantidade insuficiente de profissionais, seja pela falta de qualificação técnica.

Review

The article titled "O uso prejudicial de bebidas alcoólicas por povos indígenas no Brasil" addresses a critically important and under-researched public health issue. The abstract immediately establishes the gravity of harmful alcohol use among indigenous populations, emphasizing the necessity of understanding it within specific sociocultural values and historical contexts. The authors correctly identify a significant gap in research within Brazil, noting that current studies are "relatively incipient," which severely hampers the development of effective mitigation strategies. This foundational understanding underscores the timeliness and relevance of the work, setting a clear rationale for the study. The methodology employed, a systematic review of theses and dissertations defended in Brazil between 2010 and 2019, offers a valuable snapshot of academic production on this complex topic. By scrutinizing works from various fields and utilizing comprehensive national databases (Capes and BDTD), the study successfully consolidates existing knowledge, identifying 15 relevant productions. The findings reveal a crucial diversity in drinking patterns and regulatory mechanisms across different indigenous communities, countering any monolithic view. Furthermore, the review highlights the frequent association of harmful alcohol use with sociocultural disruption, social conflicts, and worsening health conditions, pointing to the multifaceted nature of the problem. A particularly insightful finding is the inadequacy of current healthcare services, attributed to high demand, insufficient personnel, and a lack of technical qualification. While the scope is appropriately defined by its focus on theses and dissertations, this work serves as an essential stepping stone, revealing both the existing knowledge base and significant lacunae. The identified limitations of healthcare provision directly inform areas requiring urgent policy intervention and resource allocation. This review makes a substantial contribution by mapping the current academic landscape and providing a robust foundation for future, more comprehensive empirical studies. Ultimately, the insights gleaned are invaluable for policymakers, healthcare professionals, and indigenous communities themselves, fostering a more nuanced understanding that is crucial for developing culturally appropriate and effective interventions to address this pressing public health challenge.

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