O drama de Ésquilo: tragédia das forças divinas?. Reavalie a tragédia de Ésquilo e as forças divinas. Este estudo critica visões ultrapassadas, integrando psicologia histórica e filosofia grega para uma nova interpretação do drama clássico.
A visão da tragédia grega que é oferecida aos estudantes de História e Letras em algumas de nossas mais respeitadas universidades parece-me inteiramente ultrapassada. Situa-se no prolongamento imediato da visão idealista de um Jaeger, da visão de Nietzsche ou do marxismo "mecânico" de Thomson. Pretendemos aqui apenas apresentar alguns dos pontos de vista mais recentes, sobretudo algumas das contribuições da "Psicologia histórica", além de tentar articular a análise literária com a evolução da filosofia grega. O ponto de partida desta reflexão foi, aliás, uma proposta de trabalho final de um curso sobre a tragédia, nos tempos de graduação, que nos deixava a escolha entre três temas: 1) "A tragédia de Esquilo ou o drama das forças divinas"; 2) "Sofocles ou a luta do homem contra o destino"; 3) "A tragédia dos caracteres humanos em Eurípides".
Este artigo, intitulado "O drama de Ésquilo: tragédia das forças divinas?", apresenta uma crítica pertinente e oportuna às interpretações tradicionais da tragédia grega, ainda prevalentes no ensino universitário. O autor argumenta que as visões dominantes, enraizadas em perspetivas idealistas como as de Jaeger, nas reflexões de Nietzsche ou no marxismo "mecânico" de Thomson, encontram-se "inteiramente ultrapassadas". A proposta central do estudo é reavaliar esta visão, incorporando pontos de vista mais recentes, com especial atenção às contribuições da "Psicologia histórica", e procurando articular a análise literária com a evolução da filosofia grega. O foco específico em Ésquilo emerge de um questionamento direto de uma categorização pedagógica tradicional, que reduz a sua obra a um "drama das forças divinas". A ambição e o caráter interdisciplinar deste projeto são altamente louváveis. Ao desafiar diretamente dogmas académicos há muito estabelecidos, o artigo promete trazer novas perspetivas para o estudo da tragédia de Ésquilo e, por extensão, do drama grego em geral. A integração proposta da "Psicologia histórica" surge como uma via particularmente promissora, oferecendo o potencial para uma compreensão mais rica dos contextos sociais, psicológicos e intelectuais que moldaram as narrativas de Ésquilo. Além disso, o compromisso de articular a análise literária com o desenvolvimento da filosofia grega sugere uma abordagem sofisticada que transcende meras leituras textuais, explorando as profundas bases intelectuais destas obras antigas. No entanto, embora o resumo delineie uma agenda de pesquisa significativa e relevante, seria benéfico para o leitor um roteiro mais detalhado da metodologia e dos quadros teóricos a serem empregados. Especificamente, a menção a "alguns dos pontos de vista mais recentes" carece de especificação, e a aplicação precisa da "Psicologia histórica" permanece um tanto indefinida. Uma maior clareza sobre como estas novas teorias desafiarão ou remodelarão concretamente a compreensão das forças divinas no drama de Ésquilo fortaleceria o argumento. Da mesma forma, ilustrar *quais* desenvolvimentos na filosofia grega são mais pertinentes e *como* serão articulados com a análise literária ampliaria o poder persuasivo do resumo e permitiria antecipar melhor as contribuições inovadoras do artigo para além do seu ponto de partida crítico.
You need to be logged in to view the full text and Download file of this article - O drama de Ésquilo: tragédia das forças divinas? from Ensaios de Literatura e Filologia .
Login to View Full Text And DownloadYou need to be logged in to post a comment.
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria
By Sciaria