Lacunas de raça e gênero e diferintes
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Carolina Fernanda Soares Silva, Gabriela Magalhães Sabino

Lacunas de raça e gênero e diferintes

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Introduction

Lacunas de raça e gênero e diferintes. Analisa lacunas de dados de raça e gênero e seus efeitos coloniais de discriminação semiótica e corporificada. Discute o "diferinte" e a descolonização de epistemologias para agências e justiça.

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Abstract

Este artigo tem como objetivo discutir teórica e criticamente as lacunas de dados de raça e gênero (Oyěwùmí, 2018; Kilomba, 2019; Perez, 2022) que produzem efeitos performativos coloniais de uma discriminação semiótica e corporificada. Os fundamentos se articulam aos estudos da colonialidade, principalmente centrados em correlação e na própria noção de diferinte, conforme tradução da obra Geontologias no Brasil (Povinelli, 2023) e do debate sobre diferença de Joan Scott (2005). Utilizamos exemplos concretos para ilustração e discussão sobre a exclusão de grupos marginalizados, especialmente mulheres e corpos racializados. A partir de então, identificamos as materialidades semióticas e sua utilização para o reforço de estruturas de poder, como o geontopoder, mas também nos atentamos a propostas de reconfiguração através da descolonização de epistemologias que promovem espaços para o diferinte, uma possibilidade outra de persistência às normatividades coloniais de raça e gênero, por meio da percepção de justiça e de agências semióticas em semioses de corpos e outros materiais distribuídos contra o geontopoder.


Review

O artigo, "Lacunas de raça e gênero e diferintes," apresenta uma intervenção teórica ambiciosa e oportuna na questão crítica das lacunas de dados relativas a raça e gênero. O resumo articula claramente seu objetivo central: discutir teórica e criticamente como essas lacunas perpetuam efeitos performativos coloniais, culminando em uma discriminação semiótica e corporificada. Ao fundamentar sua análise nos estudos da colonialidade, engajando-se particularmente com as "Geontologias" de Povinelli e o trabalho de Scott sobre a diferença, o artigo estabelece uma base teórica robusta para explorar os mecanismos pelos quais grupos marginalizados, especialmente mulheres e corpos racializados, são sistematicamente excluídos. O título, embora conciso, capta imediatamente os conceitos centrais que o trabalho busca conectar. Uma força significativa deste trabalho reside em seu impressionante escopo interdisciplinar e na sofisticada síntese teórica proposta. Os autores conectam de forma hábil questões empíricas de lacunas de dados a complexos arcabouços filosóficos e semióticos, como o geontopoder e o conceito de "diferinte". O engajamento explícito com acadêmicos contemporâneos como Oyěwùmí, Kilomba e Perez, ao lado de pensadores fundamentais, demonstra um profundo conhecimento dos debates atuais sobre raça, gênero e colonialidade. Crucialmente, o artigo vai além da mera crítica, propondo "reconfigurações" através da descolonização de epistemologias, visando fomentar espaços para o "diferinte" e desafiar as normatividades coloniais. Esta perspectiva voltada para o futuro, que enfatiza a justiça e as agências semióticas contra o geontopoder, é uma contribuição vital. Embora o resumo prometa uma análise rica e incisiva, a densidade de suas proposições teóricas sugere que o artigo completo precisará detalhar meticulosamente cada conceito para garantir acessibilidade e clareza. Por exemplo, uma descrição mais explícita dos "exemplos concretos" e como eles ilustram as "materialidades semióticas" aprimoraria o embasamento empírico do trabalho. Além disso, a clarificação da natureza precisa das "semioses de corpos e outros materiais distribuídos" e como eles resistem ativamente ao geontopoder poderia fortalecer as vias propostas para a reconfiguração. No geral, este artigo tem o potencial de fazer uma contribuição significativa para os estudos decoloniais, de gênero e de raça, desde que a discussão subsequente elabore completamente seu complexo arcabouço e suas implicações práticas para alcançar a justiça epistêmica e a agência para as comunidades marginalizadas.


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