Amanda Diniz Vallada

O problema do espaço semiótico

Introduction

O problema do espaço semiótico. Explore a relação entre linguagem, mobilidade e espacialidade, analisando o espaço semiótico como agente ativo na produção de significado e nas práticas comunicativas.

Abstract

Este artigo explora a relação entre linguagem, mobilidade e espacialidade, destacando como o espaço é central para a produção de significado e a mobilização de recursos semióticos. Inicialmente, o artigo examina criticamente como os estudos de linguagem e sociedade têm abordado o espaço, revisitando essa noção em campos como a Sociolinguística, a Linguística Aplicada e a Antropologia Linguística. Desse modo, o artigo investiga como as abordagens dialetológicas, que associam variedades linguísticas a territórios fixos, contrastam com abordagens contemporâneas, como a sociolinguística da mobilidade (Blommaert, 2010), que enxergam o espaço como dinâmico e transformado pela mobilidade. Em um segundo momento, o artigo enfoca a noção de “repertórios espaciais” (Pennycook & Otsuji, 2015), profícua para observar como práticas comunicativas emergem das interações espaciais entre recursos humanos, materiais e semióticos. O artigo destaca que o o espaço é produzido, vivenciado e contestado nas dinâmicas da vida social material (Povinelli, 2011, 2016, 2021) e, portanto, agente ativo e relacional na construção de significado, formando repertórios dinâmicos que são construídos ao longo das trajetórias de mobilidade e interação, reforçando a importância dessas dinâmicas para compreender o papel do espaço nas práticas linguísticas.

Review

O artigo "O problema do espaço semiótico" apresenta uma revisão crítica e instigante da centralidade do espaço na produção de significado e na mobilização de recursos semióticos. Ao explorar a intrincada relação entre linguagem, mobilidade e espacialidade, o texto promete revisitar e desafiar as abordagens convencionais do espaço nos estudos de linguagem e sociedade, abrangendo áreas como a Sociolinguística, a Linguística Aplicada e a Antropologia Linguística. A clareza com que o resumo diferencia a visão dialetológica tradicional, que associa variedades linguísticas a territórios fixos, das abordagens contemporâneas que enxergam o espaço como dinâmico e transformado pela mobilidade (e.g., Blommaert, 2010), estabelece uma base sólida para a argumentação do artigo. Um dos pontos fortes do artigo reside na introdução e elaboração da noção de “repertórios espaciais” (Pennycook & Otsuji, 2015). Este conceito é particularmente profícuo para analisar como as práticas comunicativas emergem das interações dinâmicas entre recursos humanos, materiais e semióticos. Ao afirmar que o espaço é ativamente produzido, vivenciado e contestado nas dinâmicas da vida social material (Povinelli, 2011, 2016, 2021), o artigo eleva o espaço de mero pano de fundo a um agente ativo e relacional na construção de significado. Essa perspectiva é crucial para compreender como os repertórios linguísticos são construídos e transformados ao longo de trajetórias de mobilidade e interação, reforçando a importância de se considerar as dinâmicas espaciais nas práticas linguísticas. Para aprofundar sua contribuição, o artigo poderia, na sua versão completa, articular de forma mais explícita qual é o "problema do espaço semiótico" que intitula o trabalho. Seria uma lacuna teórica na conceptualização, uma dificuldade metodológica na análise, ou uma negligência analítica das suas implicações? Uma delimitação mais precisa deste problema central poderia orientar melhor o leitor sobre a especificidade da contribuição do artigo. Além disso, seria valioso que o trabalho explorasse as implicações práticas ou metodológicas dessa reconceptualização, oferecendo caminhos para pesquisas futuras que desejem integrar a complexidade do espaço semiótico. No geral, o artigo promete ser uma leitura essencial para acadêmicos que buscam uma compreensão mais matizada e dinâmica da relação entre linguagem e espaço.

Full Text

Comments

You need to be logged in to post a comment.