Novas linguagens, sonhares ancestrais
Home Research Details
Thais Elizabeth Pereira Batista

Novas linguagens, sonhares ancestrais

0.0 (0 ratings)

Introduction

Novas linguagens, sonhares ancestrais. Explore uma semiótica contracolonial desafiando o geontopoder e liberalismo tardio. Usa saberes indígenas e quilombolas para desnaturalizar a colonização na linguagem e poder.

0
10 views

Abstract

As analíticas do poder têm ajudado a pensar os modos de governança das socidades ocidentais. Na esteira do pensamento produzido sobre os colonialismos de povoamento, que experimentam ainda os efeitos perversos do que Mignolo (2003) chama de colonialismo global, autoras e autores, como Foucault (1999), Mbembe (2011) e Povinelli (2023) têm analisado as tecnologias de poder e construídos conceitos como biopoder, necropoder e geontopoder. Todas essas formas de governança são articuladas e produzidas na linguagem. A partir das provocações de Elizabeth Povinelli proferidas em um workshop realizado da Universidade Federal de Goiás, no Brasil, foi suscitada a questão: “Precisamos de uma semiótica depois do geontopoder?” Ao que Povinelli defendeu a necessidade de uma semiótica contra o geontopoder, como maneira de contestar o modelo colonial hegemônico. O objetivo deste artigo é apresentar alguns diálogos que têm construído um vocabulário crítico para pensar o momento atual do liberalismo tardio buscando ir contra o geontopoder. Para isso, o pensamento da autora será mobilizado emaranhado ao de intelectuais brasileiras indígenas, quilombolas, negras, trans, buscando estratégias que têm sido construídas em cima de uma semiótica que desafia o geontopoder estabelecido no Antropoceno. Após a localização da discussão será discutido como a colonização foi produzida e naturalizada na linguagem; em seguida uma semiótica contracolonial é vislumbrada no pensamento de autoras e autores que apontam conhecimentos produzidos a partir de cosmologias indígenas, quilombolas  e das margens do mundo moderno colonial. Por fim, estabelece-se a necessidade dessas cosmoslogias como únicas alternativas a devastação capitalita dos colonialismos de povoamento.


Review

This article proposes a timely and urgent intervention into contemporary critical theory, offering a compelling analysis of power dynamics in the context of global colonialism and late liberalism. By centering the provocative question, "Precisamos de uma semiótica depois do geontopoder?", the authors position their work at the cutting edge of decolonial thought, engaging directly with influential concepts such as biopower, necropower, and Povinelli’s geontopower. The abstract effectively conveys the article's ambition to explore how these forms of governance are articulated and naturalized through language, setting the stage for a critical examination of the semiotic underpinnings of colonial structures. The choice to advocate for a "semiótica contra o geontopoder" immediately signals a commitment to resistance and the development of alternative frameworks. A significant strength of this proposed work lies in its innovative methodological approach, which promises a rich and multi-layered dialogue. The article aims not merely to apply theoretical frameworks but to mobilize Elizabeth Povinelli’s thought in a critical entanglement with the perspectives of Brazilian Indigenous, Quilombola, Black, and Trans intellectuals. This unique synthesis promises to ground abstract theoretical concepts in the lived experiences and distinct epistemologies of those most affected by colonialisms of settlement and the ravages of the Anthropocene. The proposed structure, moving from a localization of the discussion to an examination of how colonization is produced in language, and finally to envisioning a contracolonial semiotics derived from marginalized cosmologies, suggests a coherent and impactful intellectual journey. The ultimate contribution of "Novas linguagens, sonhares ancestrais" appears to be its bold assertion that Indigenous, Quilombola, and other marginalized cosmologies offer not just alternative perspectives, but "únicas alternativas" to the capitalist devastation inherent in colonialisms of settlement. This strong concluding argument positions the article as a vital contribution to decolonial studies, critical semiotics, and environmental humanities, challenging hegemonic understandings of progress and development. By highlighting the power of language both to perpetuate and to dismantle systems of oppression, this work promises to open new avenues for understanding and enacting resistance against the pervasive forces of geontopower in the contemporary world.


Full Text

You need to be logged in to view the full text and Download file of this article - Novas linguagens, sonhares ancestrais from Revista Indisciplina em Linguística Aplicada .

Login to View Full Text And Download

Comments


You need to be logged in to post a comment.