Deslocamentos do espaço na poesia de Ana Martins Marques e os processos de reconfiguração do sujeito lírico
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Paulo Benites, Clara Luz Martins Vaz

Deslocamentos do espaço na poesia de Ana Martins Marques e os processos de reconfiguração do sujeito lírico

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Introduction

Deslocamentos do espaço na poesia de ana martins marques e os processos de reconfiguração do sujeito lírico. Estudo da poesia de Ana Martins Marques, abordando deslocamentos do espaço e reconfiguração do sujeito lírico. Análise de 'Como se fosse a casa' e conceitos de limiar e subjetividade.

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Abstract

Este artigo objetiva estudar os movimentos que possibilitaram pensar a poesia de Ana Martins Marques a partir dos deslocamentos do espaço e dos sujeitos. Para isso, além de um breve percurso por suas obras, analisamos de modo mais detalhado os poemas presentes em Como se fosse a casa: uma correspondência (2017), devido à recorrência do espaço da casa em seus versos. A pesquisa fundamentou-se em textos de estudiosos dedicados às teorias da imagem, bem como aos conceitos de espaço e limiar. O limiar, entendido aqui como um espaço transitório, é o conceito a partir do qual buscamos compreender o espaço apresentado por Marques. Sendo a casa um ponto centralizador da subjetividade do sujeito e um lugar de intermediação entre o mundo interno e externo, o espaço construído pela autora estabelece um diálogo direto com o limiar e projeta um movimento de colocar o sujeito lírico em constante processo de deslocamento.


Review

Este artigo propõe um estudo instigante da poesia de Ana Martins Marques, com foco na maneira como os deslocamentos do espaço reconfiguram o sujeito lírico. A pesquisa centra-se na coleção *Como se fosse a casa: uma correspondência* (2017), dada a proeminência do espaço da casa em seus versos. A base teórica é solidamente ancorada em teorias da imagem, conceitos de espaço e, crucialmente, na noção de *limiar* como um espaço transitório. Essa abordagem visa demonstrar como o espaço doméstico, compreendido como um ponto centralizador da subjetividade e um mediador entre o mundo interno e externo, dialoga diretamente com o limiar, projetando o sujeito lírico em um constante processo de deslocamento. A escolha de Ana Martins Marques como objeto de estudo é particularmente pertinente, dado o reconhecimento e a complexidade de sua obra no cenário da poesia contemporânea. A força do trabalho reside na sua promissora abordagem conceitual, ao empregar o *limiar* como uma ferramenta para desvendar a dinâmica espacial na poesia da autora. Essa perspectiva permite uma análise aprofundada da "casa" não como um local estático, mas como um epicentro de subjetividade em constante mutação, um lugar de intermediação onde as fronteiras entre o eu e o mundo externo se tornam fluidas. A pesquisa tem o potencial de oferecer novas compreensões sobre a interconexão entre espaço e identidade na literatura. Para a versão completa do artigo, seria valioso que os autores aprofundassem a discussão sobre as manifestações textuais específicas desses "deslocamentos". Detalhar como a linguagem poética, as metáforas e as estruturas dos versos de Marques operam para criar essa sensação de transitoriedade e reconfiguração do sujeito lírico, além de discutir a originalidade ou a particularidade dessa dinâmica em relação a outros poetas, enriqueceria ainda mais a análise. No entanto, o abstract já delineia um estudo com bases teóricas robustas e um objetivo claro, prometendo uma contribuição significativa para os estudos sobre a poesia de Ana Martins Marques e as relações entre espaço, subjetividade e literatura.


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