Kamêni Iung Rolim, Marcela Nunes Penna, Denise Falcke

O cinedebate como dispositivo para promoção de saúde na prisão

Introduction

O cinedebate como dispositivo para promoção de saúde na prisão. Descubra como o cinedebate promove a saúde e humanização de detentos no sistema prisional. Relato de experiência sobre intervenções psicossociais com foco em habilidades de vida.

Abstract

Potencializar fatores de proteção em saúde deve ser uma das premissas em intervenções psicossociais realizadas com pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Partindo disso, o presente trabalho apresenta um relato de experiência sobre a realização de cinedebate com homens que cumprem pena em regime fechado. A ação, coordenada por uma psicóloga que atua no sistema prisional, contou com a realização de ciclos de quatro oficinas, sendo debatido um filme por encontro. Depois da exibição de cada filme, ocorreram debates orientados pelo modelo de habilidades de vida, a fim de sensibilizar sobre a promoção de competências sociais e interpessoais para lidar com desafios intra e extramuros. Na avaliação dos participantes, a atividade possibilitou reflexões sobre temas que auxiliam na preparação para a liberdade, mas que, principalmente, auxiliam na vivência de humanização na prisão. O cinedebate promoveu formas de relação salutares que romperam as relações pautadas pela desconfiança e insegurança características do contexto de aprisionamento. Propõem-se reflexões sobre as potencialidades e desafios de realização dessa ação.

Review

The paper, "O cinedebate como dispositivo para promoção de saúde na prisão," presents a compelling experience report on the application of cinedebate as a psychosocial intervention for health promotion among incarcerated men. It effectively addresses a critical need within the prison system: enhancing protective health factors for individuals deprived of liberty. The chosen methodology, involving cycles of workshops with film screenings followed by debates guided by a life skills model, offers an innovative and accessible approach to stimulate social and interpersonal competencies. This initial overview suggests a highly relevant and potentially impactful intervention, tackling a crucial aspect of well-being in a challenging environment. A significant strength of this work lies in its practical application and focus on humanization within a challenging environment. The abstract clearly articulates how the cinedebate activity fostered reflections on themes pertinent to preparing for freedom and, crucially, contributed to a more humane experience during incarceration. The intervention successfully promoted healthier relational dynamics, explicitly breaking patterns of distrust and insecurity often endemic to prison settings. The coordination by a psychologist operating within the system lends credibility to the intervention's design and execution, highlighting a professional, evidence-informed approach to addressing complex psychosocial needs through a creative medium. The participants' positive evaluation underscores the perceived value and utility of the program, particularly its role in fostering social skills. While presenting a valuable account of an experiential intervention, the abstract suggests areas for potential elaboration in a full manuscript. As an experience report, a more detailed methodological description would strengthen the paper, including specifics on participant selection, the number of individuals involved, the precise themes/films chosen, and a more explicit description of how the 'life skills model' was operationalized during debates. Furthermore, while participant feedback is highly positive, incorporating more objective measures or qualitative data beyond brief reflections could further substantiate the claims of improved humanization and competence development. Expanding on the "potentialities and challenges" of implementing such an action, as promised in the abstract, would provide crucial insights for replication and scaling, offering practical guidance for similar initiatives.

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