A morfologia gramatical contextual e sua relação com a proporção da morfologia livre
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A morfologia gramatical contextual e sua relação com a proporção da morfologia livre

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Introduction

A morfologia gramatical contextual e sua relação com a proporção da morfologia livre. Este estudo analisa a correlação entre morfologia gramatical contextual e livre em 19 línguas. Revela uma relação negativa: mais categorias sintaticamente determinadas em idiomas com morfologia presa.

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Abstract

A expressão morfológica de significados gramaticais não só varia nas línguas do mundo quanto à forma – afixos, clíticos, partículas –, como também quanto a sua determinação pela sintaxe. Categorias gramaticais determinadas pela sintaxe, também chamadas de morfossintáticas ou contextuais, têm sido descritas sob a ótica de processos flexionais ligados ao interior da palavra; no entanto, muitas línguas usam morfologia livre para veicular significados gramaticais – existindo casos de expressão de categorias contextuais por partículas. Usando gramáticas descritivas de 19 línguas amostradas ao redor do mundo como fonte de dados, e quantificando frequências de morfemas livres ou presos, investigamos a correlação entre morfologia gramatical contextual e a proporção de morfologia gramatical livre. Há uma correlação negativa entre esses dois parâmetros, e uma tendência a maior expressão de categorias determinadas pela sintaxe em línguas com altos percentuais de morfologia presa.


Review

Este artigo aborda uma questão fundamental na linguística tipológica: a relação entre a forma de expressão de significados gramaticais contextuais e a proporção de morfologia livre em uma língua. O estudo parte da observação de que categorias gramaticais determinadas pela sintaxe (morfossintáticas) podem ser expressas tanto por afixos quanto por partículas livres, desafiando a associação exclusiva destas com a flexão interna da palavra. Ao investigar a correlação entre a predominância de morfologia gramatical contextual e a proporção de morfologia livre em uma amostra de 19 línguas, o trabalho oferece uma perspectiva empírica valiosa para compreender a variação tipológica na interface morfologia-sintaxe. Um dos pontos mais fortes do trabalho reside na sua abordagem metodológica, que combina uma perspectiva tipológica com a quantificação de dados a partir de gramáticas descritivas. A clareza da hipótese e a tentativa de testá-la empiricamente, ao invés de depender de observações anedóticas, são altamente louváveis. O achado de uma correlação negativa entre morfologia gramatical contextual e a proporção de morfologia livre – indicando uma tendência a maior expressão de categorias determinadas pela sintaxe em línguas com altos percentuais de morfologia presa – é um resultado significativo. Ele oferece uma nova peça ao quebra-cabeça da diversidade morfológica mundial, sugerindo uma relação intrínseca entre o grau de fixação da morfologia e a extensão da expressividade de categorias contextuais. Para uma versão completa do artigo, seria benéfico aprofundar a discussão sobre a operacionalização exata dos parâmetros "morfologia gramatical contextual" e "proporção de morfologia livre", detalhando os critérios e desafios na sua quantificação em línguas diversas. Detalhes sobre a seleção das 19 línguas, incluindo critérios de amostragem e representatividade tipológica, também seriam importantes para reforçar a generalização dos resultados. Finalmente, explorar as implicações teóricas mais amplas dessa correlação negativa, talvez discutindo possíveis mecanismos diacrônicos ou sincrônicos que poderiam explicá-la, enriqueceria ainda mais a discussão e abriria caminho para futuras pesquisas.


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