A estrela cansada ao amanhecer
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Thiago Francisco

A estrela cansada ao amanhecer

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Introduction

A estrela cansada ao amanhecer. Explore a obra "Senhora dos Afogados" de Nelson Rodrigues, investigando a interação entre o trágico moderno e o simbolismo da teologia cristã no drama brasileiro.

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Abstract

O presente artigo analisa a obra Senhora dos Afogados (2017) do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues junto a alguns dos aspectos da teologia cristã e do trágico moderno conforme a teoria literária recente. Nelson Rodrigues foi um importante autor brasileiro do século XX, sendo apontado como um dos modernizadores da cena teatral no país. Sua peça Senhora dos Afogados, escrita em 1948, coloca em cena a história de um homicídio cometido contra uma prostituta e de uma série de assassinatos que acontecem em uma família tradicional em decorrência desse primeiro crime. A obra, além de marcada por algumas das convenções elementares da tragédia, também é carregada de uma forte simbologia cristã. Neste artigo, intentaremos demonstrar como o autor fundamenta a sua visão trágica tendo como base o corpo imagético, simbólico e narrativo da religião cristã — aproximando, portanto, duas searas (o trágico e o cristianismo) aparentemente antagônicas. Tomaremos como aporte teórico as obras de autores como o teólogo Rowan Williams (2016) e o teórico literário Terry Eagleton (2020). O esforço deste artigo é demonstrar que há um intercâmbio significativo entre imagens e temas do mythos cristão e o trágico dentro da peça rodriguiana.


Review

Este artigo apresenta uma análise intrigante e potentially significant de *Senhora dos Afogados* de Nelson Rodrigues, propondo uma leitura que cruza a teologia cristã com a teoria do trágico moderno. O resumo articula claramente o objetivo de demonstrar como o dramaturgo fundamenta sua visão trágica no corpo imagético, simbólico e narrativo da religião cristã, conectando duas esferas – o trágico e o cristianismo – que são frequentemente vistas como antagonistas. A premissa de aproximar esses campos para iluminar a obra de um autor tão central na modernização do teatro brasileiro é tanto original quanto promissora. A escolha de Nelson Rodrigues, um autor canônico cuja obra *Senhora dos Afogados* é reconhecidamente marcada por forte simbolismo cristão e convenções trágicas, é excelente para o tipo de investigação proposta. O referencial teórico, que inclui nomes como o teólogo Rowan Williams e o teórico literário Terry Eagleton, sugere uma abordagem robusta e interdisciplinar. A intenção de explorar o intercâmbio entre o *mythos* cristão e o trágico na peça rodrigueana promete um aprofundamento na compreensão das camadas temáticas e filosóficas da obra, revelando a complexidade da visão artística de Rodrigues. Para aprofundar ainda mais a análise, o artigo poderia se beneficiar de uma discussão mais explícita sobre as nuances da interação entre o trágico moderno e a teologia cristã no contexto da peça. Seria interessante explorar se Rodrigues subverte, reafirma ou reinterpreta noções cristãs de pecado, culpa e redenção dentro de um arcabouço trágico secular. Além disso, a conexão entre o título evocativo do artigo, "A estrela cansada ao amanhecer," e os temas centrais da análise poderia ser mais desenvolvida, talvez revelando como essa imagem se alinha ou sintetiza a visão particular do autor sobre a condição humana na interseção do trágico e do cristão.


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