O futuro impossível e o futuro morto de Américo Elysio e de Domingos Borges de Barros em Bordeaux e Paris, 1825
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Bruno Gomes Rodrigues

O futuro impossível e o futuro morto de Américo Elysio e de Domingos Borges de Barros em Bordeaux e Paris, 1825

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Introduction

O futuro impossível e o futuro morto de américo elysio e de domingos borges de barros em bordeaux e paris, 1825. Este artigo analisa as poesias de Américo Elysio e Domingos Borges de Barros (1825), debatendo suas visões do futuro do Império do Brasil: impossível e morto.

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Abstract

Este artigo propõe uma leitura conjunta de Poesias avulsas de Américo Elysio, de José Bonifácio de Andrada e Silva, e de Poesias oferecidas as senhoras brazileiras por um bahiano, de Domingos Borges de Barros, dois livros de poesia publicados em Paris e em Bordeaux no ano de 1825. Com base nas coincidências que cercam ambos volumes, parte-se da hipótese de que eles se articulam em torno de um refazimento do passado como maneira de discutir as posturas dos poetas em relação ao futuro do Império do Brasil. A leitura do primeiro é realizada em conjunto com Valdei Lopes de Araujo (2006), enquanto que a do segundo confronta as afirmações de Sérgio Alcides (2007). Conclui-se que as obras guardam visões divergentes entre um futuro impossível e um futuro morto que abre caminho para a eternidade.


Review

Este artigo oferece uma cativante leitura conjunta de duas coleções de poesia publicadas em 1825: *Poesias avulsas* de Américo Elysio (José Bonifácio de Andrada e Silva) e *Poesias oferecidas as senhoras brazileiras por um bahiano* de Domingos Borges de Barros. Ao situar estas obras no contexto da sua publicação em Paris e Bordeaux, o estudo postula uma hipótese intrigante: que ambos os volumes se articulam em torno de uma reinterpretação do passado como meio de discutir as posições dos poetas em relação ao futuro do recém-formado Império do Brasil. A proposta de analisar como a memória e a história são mobilizadas para projetar visões futuras é particularmente relevante para a compreensão da sensibilidade política e literária do período. A metodologia empregada no artigo demonstra um sólido enquadramento crítico. A análise da obra de Américo Elysio é explicitamente realizada em diálogo com as contribuições de Valdei Lopes de Araujo (2006), o que sugere uma continuidade ou aprofundamento de discussões existentes. Em contraste, a leitura da poesia de Domingos Borges de Barros confronta diretamente as afirmações de Sérgio Alcides (2007), indicando uma reavaliação crítica ou uma nova perspectiva sobre a obra. Este engajamento direto com a historiografia e a crítica literária estabelece a base para uma argumentação bem fundamentada e posiciona o artigo como uma intervenção significativa no campo. A conclusão do estudo, que identifica visões divergentes entre um "futuro impossível" e um "futuro morto que abre caminho para a eternidade" nas obras dos dois poetas, é um achado estimulante. Esta distinção oferece uma lente poderosa para entender as complexas esperanças e desesperanças que permeavam a intelectualidade brasileira no exílio durante os anos iniciais do Império. O artigo promete, portanto, não apenas enriquecer a compreensão dessas figuras literárias específicas, mas também contribuir de forma mais ampla para os estudos sobre a formação da identidade nacional brasileira e as intersecções entre literatura, história e política no século XIX.


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